Jazidas de classe mundial em Araxá e Catalão colocam o Brasil no centro da disputa global por minerais essenciais para carros elétricos, turbinas eólicas e smartphones, desafiando o monopólio chinês.
Um mapa geológico, antes restrito a relatórios técnicos, está se tornando o centro das atenções de investidores e potências globais. Ele revela a localização exata de um tesouro bilionário em território brasileiro: as maiores reservas de terras raras fora da Ásia. Cidades como Araxá (MG) e Catalão (GO) emergem como pontos estratégicos que podem redefinir a cadeia de suprimentos da alta tecnologia mundial.
Esses locais abrigam depósitos de elementos como o neodímio e o praseodímio, a matéria-prima indispensável para os superímãs que movem os motores dos carros elétricos e giram as turbinas de energia eólica. Com a demanda por tecnologia limpa explodindo, o controle sobre essas jazidas se tornou uma questão de segurança econômica e estratégica.

Os Pontos-Chave no Mapa da Riqueza
Analistas do setor mineral confirmam que o potencial brasileiro está concentrado em áreas com geologia única, capazes de concentrar esses valiosos elementos:
- O Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (MG): A cidade de Araxá é a joia da coroa, com um complexo mineral que contém uma das maiores concentrações de terras raras do planeta. A vizinha Poços de Caldas também figura no mapa como uma área de grande potencial.
- O Sudeste Goiano (GO): O município de Catalão sedia outro complexo de classe mundial, com reservas que colocam o estado de Goiás como um futuro polo de produção.
- Norte Amazônico (AM): Em Pitinga, embora mais conhecida por outras produções minerais, existem reservas associadas que adicionam mais um ponto estratégico ao mapa brasileiro.
A Corrida Global e a Oportunidade Brasileira
Atualmente, a China controla cerca de 90% do refino mundial de terras raras, criando uma forte dependência para indústrias na Europa e nas Américas. “O mundo acordou para a necessidade de diversificar. Nenhum país quer ter a sua indústria de tecnologia refém de uma única fonte”, afirma um consultor de investimentos do setor. “O mapa brasileiro não é mais um segredo; é uma rota de fuga estratégica”, completa.
O governo brasileiro, através do Plano Nacional de Mineração, tem sinalizado a intenção de acelerar o desenvolvimento desses depósitos. O desafio agora é atrair os bilhões em investimentos necessários para transformar o potencial em produção, desenvolvendo no país a complexa tecnologia de separação e refino desses elementos.
O sucesso dessa empreitada não apenas posicionaria o Brasil como um líder na nova economia verde, mas também traria desenvolvimento, empregos e uma nova fonte de riqueza para as cidades que, até então, guardavam silenciosamente a matéria-prima do futuro.
Relatórios técnicos que antes circulavam apenas em gabinetes especializados agora chamam a atenção de investidores internacionais e governos. O motivo: mapas geológicos brasileiros revelam a localização de algumas das maiores reservas mundiais de terras raras fora do território asiático.
Araxá, no Triângulo Mineiro, e Catalão, no sudeste goiano, lideram a lista de municípios que podem redefinir a cadeia global de suprimentos tecnológicos. Essas cidades guardam depósitos de elementos como neodímio e praseodímio, matérias-primas indispensáveis para os superímãs que movimentam motores de veículos elétricos e turbinas eólicas.