Imagina você encontrar algo que vale 12 milhões de reais e é uma das coisas mais raras que existem no planeta. Parece história de filme, né?
Pois essa história é real. Cientistas americanos acabaram de estudar o Winston Red, um diamante vermelho tão raro que praticamente não existe outro igual.
E olha só que viagem: essa pedrinha já esteve no dedo da atriz Brooke Shields, passou pelas mãos de um príncipe indiano e hoje está guardada num museu. Uma trajetória e tanto, não acha?
Por Que Este Diamante É Tão Especial
Deixa eu te explicar uma coisa. Diamante vermelho não é como aqueles que você vê nas joalherias. É completamente diferente.

Este aqui tem uma classificação chamada “Fancy red”. Traduzindo: é vermelho puro mesmo. Sem mistura com outras cores. Vermelho intenso que nem sangue.
Com seus 2,33 quilates, ele está entre os maiores diamantes vermelhos já encontrados. Para ter ideia da raridade, é mais fácil você ganhar na loteria do que achar um desses por aí.
Quanto vale? Bem, dizem que é “sem preço”. Mas pedras similares custam uns 5 milhões de reais por quilate. Faz as contas aí… são 12 milhões nessa pequena belezinha.
A História Que Parece Novela
Agora vem a parte mais legal. Em 1938, o famoso joalheiro Jacques Cartier vendeu essa gema para o Maharaja de Nawanagar, um nobre indiano.
Na época chamavam de “Raj Red” por causa da conexão com a Índia. Mas de onde Cartier tirou essa joia? Até hoje ninguém sabe. Os arquivos da empresa simplesmente não têm essa informação.
Meio misterioso, né?
Em 1988 – cinquenta anos depois – Ronald Winston conseguiu recomprar o diamante do filho do maharaja. Imagina a negociação que deve ter sido.
De Príncipe a Estrela de Hollywood
O plano do Winston era apresentar a pedra preciosa na inauguração da sua loja em Tóquio. Só que tiveram que adiar por causa da saúde do imperador japonês.
Daí que no ano seguinte, na festa de aniversário da loja, quem apareceu com o diamante no dedo? A Brooke Shields! Ela usou como anel no mindinho.
Cara, imagina só. Uma das gemas mais raras do mundo sendo usada numa festa. Deve ter chamado uma atenção…
O Segredo Por Trás da Cor
Agora vem uma coisa que eu acho fascinante. Diamantes vermelhos não ficam vermelhos por causa de sujeirinha ou impurezas, como outras pedras.

A cor vem de algo muito mais interessante. É como se os átomos dentro do cristal estivessem meio “tortos”. Essa pequena desorganização muda a forma como a luz bate na pedra.
Os cientistas explicam assim: “Para ficar vermelho, o Winston Red deve ter sido espremido pra caramba lá nas profundezas da Terra.”
É como se a natureza tivesse dado uma prensada na coitada até ela ganhar essa cor única.
Descobrindo de Onde Veio
Para tentar descobrir a origem dessa joia, os pesquisadores do Smithsonian fizeram uma comparação com outros diamantes famosos. Usaram tecnologia de ponta para analisar a pedra.
Conclusão? Provavelmente nasceu na Venezuela ou no Brasil. Dois países conhecidos por produzirem diamantes vermelhos.
Mas eles fazem questão de avisar: “A origem do Winston Red continua um mistério.” Isso porque essas regiões ainda são pouco estudadas.
É como tentar adivinhar de onde veio um objeto só olhando para ele. Difícil, né?
O Brasil na História
Falando em Brasil, será que essa preciosidade não nasceu aqui mesmo? Seria massa descobrir que uma das joias mais caras do mundo tem origem brasileira.
Minas Gerais é famosa mundialmente pelas suas gemas. Quem sabe essa história não tem raízes tupiniquins?
Nossos institutos de pesquisa, como o da USP, são referência mundial em gemologia. Nossos cientistas trabalham direto com essas descobertas.
Por Que Estudar Uma Pedra Cara
Você deve estar pensando: “Mas por que gastar tempo estudando uma pedra milionária?”
Na verdade, diamantes raros contam a história da Terra. Cada um carrega informações sobre o que rolou nas profundezas do planeta há bilhões de anos.
É como ler um livro muito antigo. Só que em vez de palavras, a história está escrita na estrutura da pedra.
Coisas Que Vão Te Surpreender
Sabia que diamantes vermelhos são tão raros que a maioria dos joalheiros nunca viu um pessoalmente? É mais comum encontrar diamante azul ou rosa.
E tem mais. O jeito que o Winston Red foi lapidado é de uma técnica antiga, da primeira metade do século passado. Isso ajudou os pesquisadores a descobrir quando a pedra foi trabalhada.
Detalhe interessante: quem cortou essa gema sabia muito bem o que estava fazendo.
Tecnologia Ajudando a Desvendar Mistérios
Hoje em dia, com equipamentos modernos, conseguimos “olhar” dentro das pedras sem danificá-las. É impressionante como a ciência evoluiu.
Os pesquisadores conseguem ver defeitos microscópicos que contam a história de como a pedra se formou. Cada “imperfeição” é uma pista sobre seu passado.
Outros Diamantes Vermelhos Famosos
Existem outros, mas são pouquíssimos. O Moussaieff Red, por exemplo, tem 5,11 quilates e também é mundialmente famoso.
Mas dá para contar nos dedos quantos diamantes vermelhos realmente importantes existem no mundo. São raríssimos mesmo.
O Futuro Dessas Descobertas
Essa pesquisa pode ajudar a encontrar novas áreas onde existem diamantes raros. Para mineradores, isso significa oportunidades incríveis.
Para nós, curiosos, significa entender melhor como nosso planeta funciona. Cada descoberta dessas é um pedacinho do quebra-cabeças da Terra.
Perguntas Que Todo Mundo Faz
Dá para fazer diamantes vermelhos artificiais? Tecnicamente sim, mas reproduzir exatamente as condições naturais é complicadíssimo.
Por que diamantes vermelhos custam tanto? Pela raridade extrema. Para cada vermelho, existem milhares de brancos ou amarelos.
O Brasil tem diamantes vermelhos? Sim! Algumas minas brasileiras já acharam exemplares, mas são raríssimos.
Como sabem que é natural? Através de análises super detalhadas que mostram como a pedra se formou naturalmente.
Uma Joia que Conta História
O Winston Red é muito mais que uma pedra cara. É um pedaço da história do nosso planeta, formado há bilhões de anos nas profundezas da Terra.
Passou por mãos de nobres, estrelas de cinema e hoje está sendo estudado por cientistas. Que trajetória, não é mesmo?
Mistérios Que Permanecem
Mesmo com toda tecnologia, muitas perguntas continuam sem resposta. De onde exatamente veio? Como chegou às mãos do Cartier? Quantos outros como ele ainda estão escondidos por aí?
Talvez seja melhor assim. Um pouco de mistério torna essas gemas ainda mais fascinantes.
E tem uma coisa que os pesquisadores garantem: o Winston Red está virando “um dos diamantes coloridos mais famosos do mundo.”
Merece mesmo. Afinal, não é todo dia que conhecemos uma das coisas mais raras que existem na Terra.
O Que Fica
Da próxima vez que você vir um diamante numa vitrine, lembre-se desta história. Por trás de cada pedra preciosa existe uma jornada incrível.
Desde as profundezas do planeta até as mãos de pessoas famosas. Cada gema carrega uma história única.
O Winston Red é prova de que a natureza ainda guarda segredos incríveis. E nós estamos apenas começando a desvendá-los.
Fonte da pesquisa: Gems & Gemology – Instituto Gemológico da América (GIA) – Estudo sobre o Winston Red Diamond (2025)
Link da fonte: GIA